Carnaval as fantasias ficam mais transparentes
Carnaval a gente sempre acha que já viu tudo ou ouviu falar, mas a verdade quem tem um amigo como o meu nunca estará livre de vivenciar um diferente carnaval e que não fez parte da história, digo isso porque ao passar por uma tremenda maratona procurando o hotel que fiz reserva numa cidade longe da minha, padeci com o meu colega que estava com a sua cabeça em Marte.
Vamos ao conto, perto de chegar o carnaval resolvi fazer a minha viagem, meu colega já esperava na rodoviária da cidade onde o hotel reservado dava a tranquilidade de ter momentos bem proveitosos nesses dias de festa, mas não foi bem assim que aconteceu, pois esse meu colega que estava na rodoviária me aguardando já se encontrava com o corpo aqui na Terra, mas a cabeça em Marte, espero que vocês tenham entendido o que eu quis dizer.
Percebi esse fato quando no caminho para o hotel após estarmos andando mais de 1 hora (e nada do hotel) ele me perguntou porque eu levei meu cachorro para o carnaval, quando na verdade do que ele se referia era a minha mochila, fingi não entender e propus continuarmos caminhando para o hotel por querer tomar banho para tirar o cansaço da viagem, concordando comigo sem antes fazer uma pequena ressalva de que no hotel não deixariam o meu cachorro (mochila) entrar, mas segundo ele não seria motivo de preocupação pois daria um jeito "esperto".
No caminho por todos os lugares que íamos passando ele dava uma pausa e perguntava a qualquer pessoa aonde estava o hotel, isso de um certo modo foi me deixando preocupado, afinal ele já estava hospedado, logo ele saberia onde ficava o hotel, mas como tudo é carnaval, imaginei que durante o nosso caminhar ele acabaria se lembrando ou até mesmo acabaríamos chegando no local, porém quando passamos em frente a uma igreja, meu colega vendo o padre da paróquia fez a mesmo pergunta sobre onde ficava o hotel, o padre vendo o estado que meu colega se encontrava começou a brigar e disse ainda que iria nos excomungar, pronto lá estava eu num carnaval sem conhecer a cidade, sem ver o hotel pra dormir e ainda sendo excomungado.
Até esse momento apesar de estarmos andando um tempão e nada do hotel aparecer tudo corria sem grandes preocupações, digo grandes porque pequenas preocupações já estávamos tendo, afinal fui excomungado, sem onde dormir, cansado e perdendo o carnaval na cidade, então para piorar um pouco mais a situação, no meio desse nosso caminhar encontramos um homem fantasiado de Pikachu que deveria estar com a cabeça além de Marte, falo isso por ver o estado em que se encontrava esse cara e meu colega cismou de pedir informações sobre o tal hotel a ele, ainda tentei argumentar com meu colega que talvez esse moço estivesse "dormindo", mas Kiko (meu colega) riu e disse que eu deveria estar bêbado, pois o cara estava acordado e segurando o seu "refrigerante".
Então eu e meu colega seguindo as coordenadas do moço Pikachu com a cabeça cheia de refrigerante (segundo meu colega), fomos atrás do hotel e depois finalmente aproveitar o carnaval, embora meu cansaço já estivesse nas alturas acreditava que poderia descansar meia hora no hotel, relaxar um pouco, tomar aquele banho revigorante e ir para o carnaval, mas eis que de repente começo a ouvir batuques e gritarias (gente cantando), cada vez mais forte vindo justamente do local que segundo o moço Pikachu seria aonde hotel ficava, Kiko (colega) olha para mim e diz na maior naturalidade se eu estava escutando o barulho e eu respondo com a cabeça afirmativamente, então ele com toda segurança diz que o hotel deveria estar lotado, pois o barulho todo vinha de lá e ainda em tom de repreensão me acusou de ter duvidado do Pikachu só por ele ter bebido um pouco a mais de "refrigerante", mas quando chegamos pertinho do barulho podemos avistar que aquilo nada mais era do que o bloco de carnaval passando pela rua e hotel que seria o bom, nada e nem por perto.
Desanimado e cansado (muito) comecei a imaginar um plano "B" para poder dormir, descansar e só começar a curtir mesmo o carnaval na manhã seguinte, pois pelo andar da carruagem acreditava realmente que hotel pelo menos naquela noite não iriamos achar, não enquanto Kiko não melhorasse da sua cabeça em Marte, acredito até que de tanto andar sem um descanso a minha também já estivesse oca para pensar em algo diferente, até que Kiko inesperadamente propõe sentarmos no meio fio para relaxar e pensar numa solução, porém como não abri a boca pra argumentar algo, ele disse tranquilamente olhando para mim que seria melhor sentar esperar que o hotel passasse pela gente, pois no entender dele o hotel tinha saído do local para nos procurar e se nós em silêncio ficássemos esperando ele fatalmente em algum momento ele passaria no local aonde estávamos, juro que nessa hora me deu uma vontade de dar um tapa pra ver se ele caia na real, mas preferi ficar sem responder, de repente Kiko dá um berro apontando para o hotel bem na nossa frente e tive ainda que ouvir dele que estava com a razão visto que o hotel estava mesmo atrás de nós e nos encontrou, então eu para não contraria-lo só pronunciei essa frase: "Então vamos entrar nele logo Kiko, vai que ele (hotel) resolva sair de novo".
Lição: Não precisamos beber para se divertir (meu caso), mas se gosta de beber, então respeite o seu limite, pois só assim conseguirá realmente aproveitar o máximo o carnaval ou quaisquer outros eventos se divertindo, mas principalmente se for beber seja a quantidade que for, não dirija.
Abraços,
Contos do Guri
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